Colados nas plataformas de acesso das estações ferroviárias um pouco por todo o país, os avisos de greves na CP já fazem parte do dia a dia dos passageiros. Anunciam, na maior parte dos casos, os comboios suprimidos nas várias greves parciais que têm ocorrido e, nos casos de greve de 24 horas, listam os poucos comboios que, por determinação de serviços mínimos, se vão realizando em dias de paragem total. No primeiro semestre deste ano foram afixados durante 91 dias, tantos quantos o número de dias em que houve greve na empresa ferroviária e que correspondem a metade dos primeiros seis meses do ano.
E julho continua a ser marcado desde o dia 1 por novas paralisações (no dia em que este texto é publicado serão já 98 os dias de greve este ano) — vão acontecer até dia 6 de agosto, na versão de greve parcial, com reforço nos dias de eventos especiais, como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o evento católico que trará o Papa Francisco a Lisboa, assim como à volta de um milhão de jovens de todo o mundo. A CP é uma das faces mais visíveis de um movimento de greves que desde 2022 tem feito subir de tom a contestação social no país, mas que este ano está a ganhar maior escala.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.