Em 2023, o sector do turismo e viagens deverá contribuir para a economia portuguesa com €40,4 mil milhões, representando 16,8% do seu Produto Interno Bruto (PIB), e pela primeira vez a ultrapassar o pico atingido em 2019, antes da pandemia. Esta é uma das conclusões do relatório de Impacto Económico sobre Portugal, realizado pelo WTTC, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (na designação original, World Travel & Tourism Council). “É um crescimento fantástico, a grande notícia é que depois de tempos muito duros, por causa da pandemia, a indústria de turismo e viagens em Portugal está a voltar de forma muito forte. Não são todos os países a conseguir isto”, nota Julia Simpson, presidente do WTTC, lembrando que, em 2019, o sector tinha gerado no país €40,1 mil milhões.
Estes números do WTTC não são exatamente idênticos à conta satélite do turismo do Instituto Nacional de Estatística (INE) que mede o valor acrescentado direto e indireto do sector e que, nos dados publicados na semana passada, referentes a 2022, mostravam que o turismo já passou o pico de 2019. Os cálculos do WTTC incluem algumas parcelas que não entram na conta satélite, como os efeitos indiretos no investimento ou os gastos públicos no apoio ao turismo (promoção, por exemplo). O que dá uma ligeira diferença. O relatório do do Conselho Mundial de Turismo, realizado em parceria com a consultora Oxford Economics, revela que o impacto económico do turismo em Portugal deu um salto de 61,6% em 2022, mas sem atingir os níveis pré-covid — cifrando-se no ano passado em €37,8 mil milhões, o equivalente a 15,8% do PIB. O WTTC também fez projeções a 10 anos, antecipando para 2033 um peso de 21,1% no PIB e um contributo de €56,4 mil milhões.
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