Depois da polémica levantada em torno das intervenções de Christine Lagarde no Fórum anual em Sintra no mês passado, os responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) não arredam um milímetro da estratégia de aperto da política monetária apesar da crescente pressão política contra os aumentos dos juros.
Lagarde, numa entrevista na quinta-feira ao jornal francês La Provence, e Luis de Guindos, esta sexta-feira numa conferência em Londres, repetiram três frases-chave que são a base da atual estratégia do BCE: “O nosso trabalho [de aperto monetário] ainda não está acabado”; “a inflação no sector de serviços e o aumento dos salários são atualmente os motores do surto inflacionista”; “os juros têm de atingir níveis suficientemente restritivos e manterem-se nesses níveis enquanto for necessário”.
Face a esta trilogia, o que se passa na macroeconomia, ou a nível micro com as famílias e as empresas, não faz perder o sono a Lagarde e De Guindos.