As tensões entre o futebol e a Administração Fiscal são antigas, têm feito verter muita tinta ao longo dos anos, mas a década de 90 foi especialmente fértil em casos polémicos e caricatos.
Com os clubes a acumularem dívidas sucessivas à Segurança Social e ao Fisco — as notícias, à data, falavam em 10 milhões de contos (cerca de €50 milhões) —, em março de 1994 um chefe de finanças do Porto ordenou a penhora do Estádio das Antas e alguns anexos, entre os quais se incluíam balneários e a casa de banho dos árbitros, e foi protagonista involuntário da insólita “penhora da retrete”.