Os desafios são novos para o recente ecossistema português de startups e scaleups, a lidar com o aumento das taxas de juro e com o fim do dinheiro fácil. Angariar capital é mais difícil: segundo a base de dados Crunchbase, o volume de capital de risco investido em empresas europeias caiu 66% no primeiro trimestre face ao período homólogo. Há muito dinheiro disponível, mas o conservadorismo é muito mais pronunciado face aos anos de taxas de juro zero. E tem maiores custos para os fundadores, que perderam a vantagem negocial dos últimos anos.
A quebra homóloga do financiamento em startups portuguesas no primeiro trimestre está em linha com a tendência europeia, com um recuo de 50%-60%, estima António Dias Martins, diretor-executivo da Startup Portugal, em entrevista ao Expresso, apesar de considerar “prematuro” antever já um ano complicado no financiamento das startups e scaleups portuguesas.