A reunião de 4 de maio do Banco Central Europeu (BCE) fechou com um “apoio generalizado” à proposta do economista-chefe Philip Lane para um aumento moderado de 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual) nos juros, mas em compensação os ‘falcões’ impuseram que Christine Lagarde, a presidente, afirmasse categoricamente aos mercados que essa redução no aperto monetário não antecipava qualquer pausa futura no ciclo de subidas. Este compromisso está confirmado nas atas da reunião que foram publicadas esta quinta-feira.
O consenso abrangeu, ainda, mais um passo no aperto da política monetária por via da redução da carteira de títulos comprados desde 2014. O conselho concordou em declarar que tem a “expetativa” de descontinuar a partir de julho os reinvestimentos do valor dos títulos na carteira do maior e mais longo programa conhecido pela sigla APP, lançado por Mario Draghi em 2014, e que tem como peça fundamental o programa de compra de dívida pública conhecido pela sigla PSPP, que tem servido de mecanismo de resgate das economias do euro mais endividadas (incluindo Portugal).
"O risco de apertar demasiado é inferior ao de apertar demasiado pouco”