Os indicadores de atividade económica desaceleraram em fevereiro em Portugal mas o indicador de sentimento económico aumentou em março, segundo a informação divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE, em fevereiro os indicadores da atividade económica na perspetiva da produção “apontam para uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e, na construção em termos reais”.
Já na perspetiva da despesa, “o indicador de atividade económica e o indicador quantitativo de síntese de consumo privado desaceleraram em fevereiro”, mas o indicador de investimento aumentou em termos homólogos, depois de ter caído em janeiro.
“Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e março, após ter estabilizado no mês anterior”, refere ainda o gabinete estatístico.
Por outro lado, na zona euro, em março, o indicador de sentimento económico registou uma ligeira diminuição, à semelhança do que tinha acontecido em fevereiro.
Os preços a desacelerar
“Em Portugal, o índice de preços na produção da indústria transformadora desacelerou nos últimos oito meses, de forma significativa em fevereiro e março, apresentando uma taxa de variação homóloga de 7,1% (12,4% no mês anterior)”, nota o INE.
Sem a componente energética, este índice aumentou 8,3% em termos homólogos (10,8% em fevereiro). De relembrar que os preços da energia caíram em março, tendo ajudado à desaceleração da inflação nesse mês, para 7,4% (menos 0,8 pontos percentuais do que em fevereiro).
Por sua vez, “o índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 11,5% (14,8% no mês anterior), desacelerando pelo quarto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%)”.
Quando aos produtos alimentares, também houve uma desaceleração, mas o índice continua elevado. Estes produtos registaram um aumento de preços, em março, de 19,3%, depois de em fevereiro terem crescido mais de 20% (a variação mais elevada desde 1990).