Economia

TAP: Manuel Beja defendeu manutenção de Alexandra Reis mas diz que foi "leal" ao Governo

Exonerado do cargo de presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja rompe o silêncio. Diz que agiu de "boa-fé e segundo a instrução da tutela"

D.R.

Na conta do LinkedIn, citada pelo Jornal de Negócios, Manuel Beja, exonerado esta segunda-feira do cargo de presidente do conselho administração, defende que "tentou sem sucesso evitar" a saída de Alexandra Reis, por que isso"refletia problemas de governança na empresa".

"No entanto [a saída de Alexandra Reis], foi aprovada pelo acionista [o Estado], nesta matéria representado pela tutela setorial. A partir do momento em que essa indicação foi dada pelo representante do acionista, numa matéria que é da exclusiva responsabilidade deste, entendi que era minha responsabilidade fiduciária, como PCA, dar-lhe sequência, tendo presente a racionalidade económica apresentada e a legalidade confirmada pela sociedade de advogados contratada para o efeito, através da Presidente da Comissão Executiva", afirma o gestor que tinha sido convidado para o cargo por Pedro Nuno Santos. E que até agora nada tinha dito sobre o processo.

O gestor que assumiu o cargo de chairman na mesma altura que a presidente Christine Ourmières-Widener, defende que foi leal e cumpriu os seus deveres em matéria de governação. "Foi assim, de boa-fé e segundo a instrução da tutela, que cumpri o meu dever de lealdade na implementação de uma decisão (a composição do CA) que é legitimamente tomada pelo acionista".

Não obstante, o discreto chairman reconhece que houve erros. "No entanto, é agora claro, o conselho jurídico recebido e executado de boa-fé teve erros", acrescenta.