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Economia

Guerra na Ucrânia vai deixar marcas permanentes na economia da Europa

Um ano depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, o choque sobre a inflação e o crescimento não levou a uma recessão severa na UE. Mas, perda de rendimentos reais, maior conflitualidade social, a aumento do protecionismo e da despesa militar são marcas para o futuro

SERGEI SUPINSKY

Foi em plena recuperação da crise pandémica que a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro de 2022, apanhou a economia europeia. O impacto sobre a inflação e o crescimento foi (quase) imediato: a escalada dos preços atingiu níveis inéditos na história do euro e a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi abrandando até quase estagnar. O conflito tornou a Europa — Portugal incluído — mais pobre. Ainda assim, um ano depois, os receios de uma recessão severa não se concretizaram e os economistas esperam um regresso à normalidade no crescimento e na inflação. Mas avisam de que há marcas que vão ficar para o futuro, como a perda de rendimentos reais, maior conflitualidade social e aumento do protecionismo e da despesa militar.