Economia

Inflação desce para 8,4% em janeiro, com ajuda da eletricidade

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi de 8,4% em janeiro. Valor fica abaixo dos 9,6% de dezembro de 2022, mas é ligeiramente superior à estimativa inicial, de 8,3%

João Carlos Santos

A taxa de inflação em Portugal voltou a descer em janeiro, pelo terceiro mês consecutivo, mas o recuo foi ligeiramente menos pronunciado do que a estimativa inicial do Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam os dados detalhados, publicados esta sexta-feira.

Segundo o INE, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se nos 8,4% em janeiro, valor que compara com 9,6% em dezembro de 2022 e com o pico de 10,1% em outubro do ano passado. Contudo, este valor é ligeiramente superior aos 8,3% avançados pelo INE na estimativa rápida, há duas semanas.

O que explica esta descida da inflação? Os preços da energia deram uma forte ajuda. O INE indica que a variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos diminuiu para 7,1% em janeiro, o que compara 20,8% em dezembro de 2022. Evolução que se deveu “essencialmente à redução de preços na eletricidade”, salienta o INE.

Em sentido contrário, os preços dos produtos alimentares não transformados aceleraram, com o respetivo índice a registar uma variação homóloga de 18,5% em janeiro, o que compara com 17,6% em dezembro de 2022.

Já o indicador de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, que têm preços mais voláteis) registou uma
variação homóloga de 7% em janeiro, baixando face aos 7,3% de dezembro de 2022.

O INE detalha ainda que em janeiro, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC “destaca-se a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas”. Já nas classes com contribuições negativas “destaca-se a classe da Saúde”.

Já comparando com o mês anterior, ou seja, com dezembro de 2022, “é de salientar o aumento da contribuição para a variação homóloga do IPC dos Bens alimentares e bebidas não alcoólicas”, vinca o INE. “Em sentido contrário, destaca-se a redução da contribuição da classe da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis”, aponta.