A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, anunciou este sábado um projeto para impor um leque salarial de referência, definindo um diferencial máximo entre a remuneração mais elevada e a mais baixa numa entidade empregadora. Os patrões reagem com ceticismo e o vice-presidente da AIP - Associação Industrial Portuguesa responde com uma dupla questão dirigida ao BE: “Isso também vale para o futebol e as artes? Consideram que isto deve ser igualmente válido para nivelar as diferenças nas remunerações dos jogadores e dos artistas?”.
“É preciso equilíbrio nas decisões, para lá do discurso popular”, comenta o dirigente empresarial ao Expresso, considerando que “regulação legal nesta matéria será excessivo”, apesar de admitir que “a lógica da gestão sustentável e responsável aponta necessariamente para um ponto de equilíbrio”.