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BCP opta por não devolver já €300 milhões aos investidores, mas paga juros mais altos para não perder solidez

BCP podia fazer um reembolso antecipado de dívida que emitiu em 2017, mas decidiu que não compensa fazê-lo. O banco pagará juros mais altos, mas fica com rácios garantidos. E permite aos detentores dos títulos trocá-los por outros com prazo até 2033, o que também dá ao BCP mais flexibilidade

NUNO BOTELHO

O BCP pediu aos investidores 300 milhões de euros no fim de 2017, e aceitou pagar uma taxa de juro de 4,5%. Aqueles títulos colocados nos mercados internacionais são subordinados, ou seja, são dos primeiros a enfrentar perdas em caso de incumprimento do banco. Aqueles títulos atingiriam a maturidade dez anos depois, em 2027, mas podia haver um reembolso ao fim de cinco anos, ou seja, no fim de 2022. Que não vai acontecer, por decisão do BCP. Os investidores ficarão com esses títulos até 2027, mas terão a alternativa de continuarem credores por mais tempo, até 2033, com juros maiores, garante o BCP ao Expresso.