Liz Truss acabou esta quinta-feira por renunciar à liderança do Partido Conservador, abrindo caminho para a nomeação de um novo primeiro-ministro e a formação de novo governo em novembro. Os mercados receberam a saída de Truss, recordista no mais curto governo da história, com algum alívio na City.
A libra, que tinha afundado a 26 de setembro, valorizou-se 0,2% face ao dólar e o principal índice da Bolsa londrina, o FTSE 100, fechou com um ganho ligeiro de 0,27%, escapando ao vermelho. Mas, no mercado da dívida pública, os juros dos títulos a 5 a 10 anos subiram para perto de 4%.
A revista The Economist, na sua edição semanal, já não foi a tempo de incluir o novo facto da crise política britânica, mas em nota aos leitores destaca que a resignação de Truss confirma plenamente o título da edição: “Welcome to Britaly” (Bem-Vindo a Britaly), denunciando uma certa ‘italianização’ da política e economia britânicas.