O rendimento disponível real das famílias em Portugal recuou 1% no primeiro semestre deste ano, em termos homólogos, com os aumentos nominais a ficarem aquém da inflação. Mas, por trás deste número, estão variações diferenciadas consoante o nível de riqueza e rendimento dos agregados familiares. As famílias com menor riqueza e rendimento, que beneficiaram mais do aumento do emprego, redução do desemprego e aumento do salário mínimo, registaram maiores incrementos nominais e a variação real foi positiva, conclui uma análise do Banco de Portugal (BdP), incluída no Boletim Económico de outubro, e publicada esta terça-feira.
Até porque, as estimativas de inflação do BdP nesse período para os vários grupos de famílias, consoante o seu nível de rendimento, são bastante próximas. Contudo, as classes de bens e serviços que determinam essa inflação são muito diferentes entre as famílias de menor e de maior rendimento