Desde que Portugal se viu livre da troika, em 2014, os dividendos distribuídos pelo banco central ao Estado ganharam nova vida. Não só os dividendos têm sido robustos, como os impostos pagos ao Estado têm dado uma ajuda às contas públicas.
Foram anos de bons resultados devido ao alargamento do balanço do Banco de Portugal, motivado pelos programas de estímulo monetário lançados pelo Banco Central Europeu.
Porém, esse estímulo está a acabar, e a subida de juros já se vai fazendo notar nos resultados do Banco de Portugal. Como obrigatoriamente 80% destes resultados são entregues na forma de dividendos ao Estado, tudo se repercute - e as Finanças receberão a transferência mais baixa desde 2016.