Ainda é cedo para tirar conclusões sólidas, mas vários analistas do sector contactados pelo Expresso apontam para um “clima de arrefecimento” e para uma tendência que até pode não ser de queda, mas de estabilização no imobiliário. O economista Pedro Brinca, professor universitário da Nova School of Business and Economics, avisa que “uma subida das taxas de juro acabará por originar um colapso na procura e é praticamente inevitável um abrandamento”. E acrescenta que, “no mínimo, irá haver uma estabilização de preços”.
Este sentimento é partilhado por Ricardo Guimarães, analista e diretor da base de dados Confidencial Imobiliário: “Os 21% de subida de preços habitacionais acumulados no último ano [terminado em agosto] não são compatíveis com o arrefecimento da economia e caminharemos seguramente para uma estabilização.” O mesmo responsável acrescenta que provavelmente “vamos assistir não tanto a uma redução de preços mas mais do número de vendas”.