Economia

Associação Business Roundtable apresenta programa para acelerar crescimento das PME portuguesas

A Associação Business Roundtable Portugal apresentou esta segunda-feira o programa Metamorfose, uma iniciativa de governação das empresas, para acelerar o crescimento e competitividade das PME portuguesas. Objetivo é chegar a 50 mil empresas

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A Associação Business Roundtable Portugal (BRP), em parceria com o Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), apresentou esta segunda-feira, no Museu de História Natural e da Ciência, em Lisboa, o programa Metamorfose, uma iniciativa integrada de governação das empresas (corporate governance) que quer acelerar o crescimento e competitividade das pequenas e médias empresas (PME) portuguesas.

Segundo comunicado divulgado esta segunda-feira, o programa tem como objetivo chegar a 50 mil empresas que, conseguindo evoluir, “poderão contribuir para o desenvolvimento social do país”. Para tal o programa é composto por “três ferramentas práticas e evolutivas", nomeadamente um guia de boas práticas, um sistema de avaliação e uma bolsa de conselheiros.

“A falta de escala e o problema da baixa produtividade do tecido empresarial português são temas que Portugal debate há largos anos e urge uma mudança deste paradigma para que seja efetivamente possível transformar o país e torná-lo mais próspero”, afirmou António Rios de Amorim, vice-presidente e líder do grupo de trabalho sobre empresas da BRP, citado na nota.

“A adoção de boas práticas de governance é um dos elementos-chave para a competitividade de uma empresa, um impulsionador de crescimento e um fator adicional de atração para investidores e talento", referiu, na nota, João Moreira Rato, presidente do IPCG. Por esse motivo é que foi criada uma estratégia integrada de corporate governance destinada às PME nacionais.

O que inclui o programa?

Primeiramente, um “Guia de Boas Práticas de Governance” que estará disponível de forma gratuita. Este guia identifica 68 medidas e recomendações práticas que devem ser adotadas de forma evolutiva pelas empresas tendo em vista a evolução do modelo de gestão e o reforço das estruturas de governo societário.

Outra das ferramentas apresentadas, consiste num modelo de avaliação que “permitirá às PME medirem o seu grau de maturidade em matéria de governance, conhecerem os seus pontos fortes e fracos, e compararem a sua avaliação com os resultados do setor e com empresas de dimensão ou estágio de maturidade similares”.

A BRP constitui ainda uma “bolsa de conselheiros” que é formada por mais de 40 quadros superiores e executivos das suas empresas, que “estarão disponíveis para desafiar e apoiar as equipas de gestão das PME interessadas em participar”. “Ao integrarem esta bolsa, os profissionais começam por completar uma formação específica na área do governance, administrada pelo IPCG”, esclarece a associação, em comunicado.

Os cursos não vão começar já, uma vez que, de momento, ainda só está planeada uma ação piloto com a participação de quatro empresas e quatro conselheiros.