A crise pandémica veio acelerar o processo de concentração entre as companhias aéreas europeias, e a TAP, uma das poucas transportadoras que não faz parte de qualquer grupo internacional, será uma peça ativa neste processo. O Governo está empenhado em avançar com a privatização da companhia aérea ainda este ano, para a poder concluir nos primeiros meses de 2023, avançou ao Expresso fonte do Executivo.
Em janeiro, durante a campanha eleitoral, António Costa não escondeu que a TAP, S.A., totalmente nacionalizada, iria voltar ao mercado e seria para privatizar acima de 50%, um processo para avançar depois do plano de reestruturação, que estará concluído no final de 2024. Na altura, Costa admitiu que “felizmente já havia companhias interessadas”.
Em cima da mesa estará a privatização de pelo menos metade da TAP, mas dentro do Executivo há quem admita que não haverá resistência em vender uma percentagem perto dos 100%. A companhia está a revelar-se um dossiê difícil para o Governo, com muita exposição mediática, críticas à gestão e contestação sindical na rua. A que se soma um sector cuja subida dos combustíveis e a rapidez da retoma acabou por tornar vítima da falta de trabalhadores em vários pontos da cadeia, lançando o caos em todo o mundo no início do verão.
Entre as favoritas à compra da TAP continua a alemã Lufthansa e o grupo que junta a francesa Air France e a holandesa KLM. A IAG, liderada pela britânica British Airways e a espanhola Iberia, também sinalizou junto do Governo o interesse na companhia portuguesa, mas será uma hipótese a descartar pela ameaça que seria para o hub de Lisboa.
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