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Economia

Tributar os sobreganhos da distribuição? "O sector tenta que o consumidor sinta o menos possível os aumentos", diz a APED

À hipótese de taxar a distribuição por lucros excessivos, António Costa diz nim. O sector, pela voz da sua associação, mostra confiança em escapar a um novo imposto extraordinário

“As margens na distribuição alimentar em Portugal não aumentaram. Continuam a estar nos 2% a 3%”, garante Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED - Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, em declarações ao Expresso, numa reação às declarações do primeiro ministro relativamente à possibilidade de lançamento de um imposto extraordinário sobre as empresas que estão a ter ganhos anormais na sequência da guerra.

“A distribuição não está certamente no radar (do governo)”, sustenta o dirigente associativo, certo de que “o sector está a sofrer consequências da inflação galopante, mas Portugal, quando comparado com outros países europeus, até tem conseguido conter mais os aumentos de custos porque não aumenta as margens”.