Foram mais de mil milhões de euros que os acionistas e outros investidores aplicaram no aumento de capital que o Banco Espírito Santo (BES) fez em maio e junho de 2014, sem sonharem com a derrocada que iria ocorrer em agosto. Uma operação aprovada pela CMVM, realizada por um banco supervisionado pelo Banco de Portugal e auditado pela KPMG. Todos eles, incluindo alguns dos administradores e gestores do BES, foram enganados por Ricardo Salgado e pelos que lhe eram próximos, acusa o Ministério Público (MP).
A narrativa da acusação, conhecida esta semana, é a de um grupo que, através de informação falsa ou dissimulada, enganou o resto dos envolvidos na operação de aumento de capital que ditou a perda daqueles mil milhões de euros a quem os aplicou em poucos meses.