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Os clientes, os gestores e até os auditores: todos foram enganados no caso BES, concluiu o Ministério Público

Ministério Público centra crimes do aumento de capital nos próximos de Ricardo Salgado. Queixa contra Cavaco arquivada

Ricardo Salgado
luís barra

Foram mais de mil milhões de euros que os acionistas e outros investidores aplicaram no aumento de capital que o Banco Espírito Santo (BES) fez em maio e junho de 2014, sem sonharem com a derrocada que iria ocorrer em agosto. Uma operação aprovada pela CMVM, realizada por um banco supervisionado pelo Banco de Portugal e auditado pela KPMG. Todos eles, incluindo alguns dos administradores e gestores do BES, foram enganados por Ricardo Salgado e pelos que lhe eram próximos, acusa o Ministério Público (MP).

A narrativa da acusação, conhecida esta semana, é a de um grupo que, através de informação falsa ou dissimulada, enganou o resto dos envolvidos na operação de aumento de capital que ditou a perda daqueles mil milhões de euros a quem os aplicou em poucos meses.