A demissão do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciada esta quinta-feira, foi imediatamente sentida no prémio de risco, que subiu para 238 pontos, e na Bolsa de Milão, que uma hora depois da abertura estava a cair 2,29%.
O FTSE MIB, principal índice da bolsa de Milão, caiu 2,29% para 20.859,04 pontos depois do anúncio da demissão de Draghi, que foi aceite pouco depois pelo Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella.
Embora o primeiro-ministro permaneça no cargo para os negócios do dia-a-dia e para a administração corrente, a sua demissão, esperada depois do dia de negociações de quarta-feira, provocou a queda da cotação dos principais bancos do país.
As ações mais atingidas foram as do Poste Italiane, que caiu 7,69%, do Unicredit Bank, que perdeu 7,05%, e do Banco BPM, com um declínio de 6,89%.
O prémio de risco, que mede o diferencial entre as obrigações soberanas alemãs e italianas a dez anos, abriu a sessão de quinta-feira a mais de 230 pontos, e quase duas horas mais tarde atingiu os 238 pontos.
Entretanto, cerca das 10:30 em Lisboa, os juros da dívida italiana a dez anos estavam a subir para 3,527%, contra 3,383% na quarta-feira.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, apresentou hoje formalmente a demissão ao chefe de Estado, depois de ter perdido o apoio da coligação que o apoiava.
Após o encontro de hoje com Mattarella, o primeiro-ministro demissionário reuniu-se com a presidente do Senado, Elisabetta Caselati.
Draghi deve regressar ainda hoje de manhã à Câmara Baixa do Parlamento para encerrar o processo (parlamentar) iniciado na quarta-feira no Senado.
O primeiro-ministro apresentou a demissão ao Presidente Sergio Mattarella hoje de manhã, de acordo com o gabinete da Presidência, que disse ter “tomado nota" da decisão de Draghi.