A Polónia voltou a assustar o BCP. E vai continuar a fazê-lo nos próximos trimestres. Foram postos de lado mais €100 milhões no Millennium Bank, de que o banco português detém metade do capital, por conta dos créditos em francos suíços. Um embate num banco com níveis de solidez inferiores aos da CGD, Santander e BPI, e acionistas com pouca margem para colocar mais dinheiro: a Fosun precisaria de autorização do Banco Central Europeu para expandir-se, a Sonangol teria de contrariar o plano de desinvestimento que tem em curso na banca. Mas no topo do BCP há uma certeza: não é necessário pedir capital fresco aos acionistas.
O Expresso sabe que há uma total exclusão da necessidade de um aumento de capital no banco, mesmo apesar deste novo reforço de provisões na Polónia, que foi anunciado na semana passada. O tema dos francos suíços cuja concessão dos empréstimos foi anterior a 2008 continua a ser um peso, com novos clientes a irem para tribunal e decisões judiciais desfavoráveis ao banco.