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Economia

BES voltou ao Tribunal de Santarém. Houve “consciência tranquila” e uma religião que “é a verdade”

Tribunal está a julgar contraordenação da CMVM de 2,8 milhões a ex-gestores por conta do aumento de capital do BES em 2014. Morais Pires e Rui Silveira contestam as alegações, e defendem a garantia do Estado angolano. As alegações finais são no fim de agosto

Foto José Carlos Carvalho

Foi exatamente há oito anos que Ricardo Salgado foi afastado da presidência executiva do Banco Espírito Santo. No mês seguinte, o BES caiu e foi criado o Novo Banco, mesmo depois de, em junho, ter feito um aumento de capital em que captou mil milhões de euros de acionistas e investidores. O valor foi reduzido a zero e, oito anos depois, é precisamente esse aumento de capital que está a ser julgado em Santarém.

É na sala 5 do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, a mesma onde decorreu o julgamento do caso do cartel da banca, que têm acontecido as sessões e em que esta quinta-feira, 14 de julho, Amílcar Morais Pires e Rui Silveira, antigos administradores executivos, deram a sua visão dos factos contra a perspetiva da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que considera que praticaram infrações ao não darem toda a informação aos investidores sobre os riscos que enfrentavam ao aplicarem dinheiro nas ações do BES.