A presidente executiva (CEO) da TAP vai voltar a reunir-se na próxima semana com os sindicatos dos trabalhadores para encontrar soluções, advertindo, contudo, que este primeiro ano do plano de restruturação da companhia aérea é “muito crítico”.
“Não tenho a data, até porque temos encontros todas as semanas, temos reuniões, temos discussões com eles [sindicatos] todos os dias, se não é comigo é com a minha equipa”, afirmou Christine Ourmières-Widener aos jornalistas em São Paulo, no Brasil, onde está para assinalar o aumento de dois para três voos semanais entre o Porto (Portugal) e São Paulo (Brasil).
A gestora reconhece que a situação “não é fácil para ninguém” e que foi “duro” para os trabalhadores sofrerem cortes significativos nos salários, pelos menos de 25%, mas recordou estar em curso um plano de restruturação.
“Sabemos que não é fácil para ninguém e reconhecemos que a crise foi terrível e que tivemos muitos aviões em terra durante meses, mas este primeiro ano é muito crítico”, alertou.
Christine Ourmières-Widener lembrou que o plano de restruturação está em curso há seis meses, depois de em dezembro ter sido aprovado por Bruxelas, motivo pelo qual a TAP está a tentar encontrar formas de se adaptar à situação atual.
Em dezembro, a Comissão Europeia aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, impondo, porém, algumas condições, entre elas que a companhia aérea disponibilize até 18 'slots' por dia no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
A título de exemplo, a CEO da TAP recordou que o pessoal de cabine voltou a tempo inteiro este verão.
“É um caminho que temos de percorrer juntos, claro que os sindicatos têm de defender o melhor para os seus membros, mas a comunicação é a chave para chegarmos a um acordo”, salientou.
A gestora assumiu querer “dar mais e mais informações” aos sindicatos para que, com base nesta, eles percebam a situação.