Numa semana em que o gigante chinês esteve sob escrutínio, com notícias na imprensa internacional a dar conta de problemas de liquidez e de gestão de uma dívida de 40 mil milhões de dólares (€40 mil milhões), o presidente da Fosun, Guo Guangchang, deu uma entrevista por escrito ao Expresso onde garante que “não está previsto qualquer desinvestimento em Portugal”. A Fosun detém quase 30% do maior banco privado, o BCP, tem 85% do capital da Fidelidade e, através da seguradora, é dona do grupo Luz Saúde. A seguradora foi o primeiro ativo que comprou, em 2014, num capital partilhado com a Caixa Geral de Depósitos, detendo uma participação de 15%. A Fosun tem ainda cerca de 5% da REN.
Guo Guangchang, conhecido como o Warren Buffett chinês, que detém 85,29% do capital da Fosun, recusa taxativamente a alienação de qualquer posição em Portugal, por serem negócios relevantes para o grupo: “Nenhum dos nossos investimentos em Portugal está a ser considerado para venda, dado o seu potencial de geração de valor e a relevância do país para a estratégia internacional da Fosun.” E insiste na solidez da situação financeira da empresa com o facto de a Fosun possuir “um portefólio de negócios diversificado e uma presença global de ativos” e de ter “sabido manter, ao longo da sua história, um bom equilíbrio entre investimentos e desinvestimentos”.