A Anchorage lançou um serviço para os depositantes institucionais que permite que obtenham rendimento dos seus tokens Ether através de staking, uma operação no mercado de criptoativos associada à verificação de operações que recompensa os validadores, anunciou o unicórnio norte-americano dos criptoativos.
Aquele que é considerado um 'criptobanco' fundado pelo português Diogo Mónica e pelo norte-americano Nathan McCauley propõe-se gerir o processo de staking junto dos clientes institucionais que custodiam os seus ativos na instituição, através de uma equipa de validadores dedicados, em troca de uma comissão.
O staking é uma característica do mecanismo de verificação de operações conhecido por proof-of-stake. Em troca da possibilidade de validar as transações na blockchain e de receber recompensas por isso, os participantes depositam tokens em carteiras digitais. Num paralelo com a finança tradicional, é uma espécie de depósito a prazo com o respetivo juro.
Porém, a Anchorage alerta que "por agora, o staking de Ether é uma operação que só tem um sentido". "Levantar Ether (ou recompensas em blocos) do validador não será possível até que a Ethereum possibilite esta característica" depois de concluir a migração para este processo de validação proof-of-stake, refere a Anchorage.
A blockchain Ethereum deverá completar a migração este ano - possivelmente em agosto, de acordo com a Coindesk - deixando para trás o muito contestado proof-of-work, o mecanismo competitivo de validação das transações ainda utilizado pela Bitcoin e conhecido pelo seu enorme consumo energético.
A Anchorage é a primeira instituição de criptoativos com licença de custódia de ativos financeiros dada pelas autoridades dos Estados Unidos.