O polémico contrato que pôs a Autoridade Tributária (AT) no encalce de Fernando Santos foi feito pela sociedade de advogados Morais Leitão. Foi esta firma que, em 2014, assessorou juridicamente a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na preparação do documento e que, depois, o negociou com os juristas do selecionador.
Na audiência que decorreu na passada semana, no tribunal arbitral, a FPF assumiu a responsabilidade pelo facto de Fernando Santos ter assinado o contrato de selecionador através da sua empresa, a Femacosa Lda, e não a título individual. O presidente da FPF, Fernando Gomes, disse que estava escaldado com as rescisões de contratos com as anteriores equipas de Paulo Bento e Carlos Queiroz, e que queria uma solução “de pacote”, em que pudesse contratar um novo selecionador e os seus adjuntos, em conjunto. A proposta foi desenhada pelos serviços jurídicos da Federação, e apresentada a Fernando Santos que, por seu turno, a encaminhou aos seus advogados.