Em Valongo, onde emprega 120 pessoas e fatura seis milhões de euros por ano a fazer passamanarias (fitas, tiras, cordões e outros componentes têxteis), a MCS – Textile Solutions parecia estar longe da guerra, na Ucrânia, mas a realidade é bem diferente: “Antes de o conflito começar, a Rússia era um dos nossos clientes. O projeto acabou por razões óbvias e hoje estamos a fazer material ligado à segurança pessoal para os ucranianos”, conta Vítor Castro, presidente executivo da empresa.
Na comitiva de duas dezenas de empresas portuguesas que participou na Techtexil, a feira de têxteis técnicos que decorreu em Frankfurt, na semana passada, a MCS já tinha um segmento voltado para as forças de segurança e até apresenta na sua coleção um fecho de correr “verde NATO” que tem, entre outros clientes, o exército francês. Nos últimos meses, reforçou este segmento de negócio para fornecer as forças ucranianas.