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Economia

O negócio das máscaras: como Portugal as usou e não as deixou cair

A indústria têxtil deu provas de flexibilidade total, entre “o ritmo louco” da produção e o regresso ao passado. Quantas máscaras compramos? Só o Continente vendeu 38 por pessoa desde o início da pandemia

Chris Delmas/ Getty Images
CHRIS DELMAS

Fazer e vender máscaras já foi um negócio de milhões. Só a Daily Day, uma das primeiras empresas portuguesas a receber a certificação do CITEVE, produziu e vendeu mais de 3 milhões de unidades durante a pandemia e, apesar da quebra nas encomendas dos clientes tradicionais da confeção, conseguiu duplicar o volume de negócios para 4 milhões de euros em 2020.

Agora, “longe do ritmo louco do passado”, a empresa ainda mantém vendas diárias de produto em stock, mas só quando chega uma encomenda maior ou esgota as reservas retoma a produção, explica o diretor-geral, Filipe Prata, novamente focado nos clientes de roupa de homem e senhora que prometem mais um ano cheio de trabalho. “Já temos as encomendas fechadas até ao fim do ano”, adianta, consciente de que alguma sobrecarga terá a ver com a deslocalização de encomendas do leste para o sul da Europa devido à guerra na Ucrânia.