Na indústria conserveira já se fala em estagflação. “No primeiro trimestre, os preços subiram 15% e o consumo caiu 8%. Isto é novo para todos, mas pensamos que nas conservas de peixe atingimos o patamar da estagflação”, diz ao Expresso António Cunha, presidente executivo da Poveira, certo de que “neste momento a subida dos preços já está a provocar quebra nas compras dos consumidores”.
Este ano, “o sector até tinha boas razões para festejar porque voltou a haver muita sardinha, mas nem dá para aproveitar”, comenta o gestor, atento à evolução dos preços das matérias-primas (+200% no óleo de girassol), da energia (+400%), das embalagens (+50% nas latas de alumínio), assim como ao aperto nos stocks.