As stablecoins não tardaram a tornar-se peças-chave para o equilíbrio de um sistema caracterizado pela extrema volatilidade dos ativos - como os múltiplos colapsos e valorizações da Bitcoin ao longo dos anos, ou, já em 2022, a desvalorização massiva do valor dos NFT, tokens não fungíveis.
As stablecoins possibilitam o cumprimento de critérios essenciais para que fossem consideradas moeda (com o extra de possibilitarem pagamentos e transferências facilitadas entre países e sem taxas através da tecnologia blockchain): as stablecoins funcionavam como reserva de valor dentro do sistema 'cripto' e garantiam estabilidade fiduciária face às loucas variações de cotação de criptomoedas como a Bitcoin. Pelo menos até à semana passada.
"As stablecoins são um elemento fundamental da criptoeconomia precisamente por permitirem aos investidores ficarem a coberto do risco da volatilidade", explica ao Expresso Diogo Pereira Duarte, co-coordenador da área de Direito Financeiro da Abreu Advogados e professor de Direito Financeiro na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.