O governo vai ocupar uma parte do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, e está em conversações para escolher as áreas que até ao final do ano vão ficar disponíveis.
Para já, Paulo Macedo, presidente executivo do banco público, precisou na apresentação dos lucros do banco público - que ganhou em três meses 146 milhões de euros - que para já "o Governo ocupa 3200 metros quadrados", mas essa é "apenas uma parte pequena de uma ala". E precisou que, dos 90 mil metros quadrados que o edifício tem, vão "ficar disponíveis mais 30 mil metros quadrados " até ao final do ano. "Se vão ser ocupados na integra depende de quem os vai ocupar", frisou Macedo.
Questionado pelo Expresso sobre qual o valor que o Governo está a pagar pelos 3200 metros quadrados ocupados, o gestor não desvendou valores, mas garantiu que o espaço será ocupado a título oneroso, será paga uma renda e a "Caixa deixará de ter de pagar a mesma renda" .
Os 3200 metros quadrados ocupados pelo Estado é o Campus da Administração Pública Portuguesa como noticiou o Expresso em abril.
Paulo Macedo já tinha dito que queria reduzir os custos com o edifício, tanto mais que o banco não precisa de todo o espaço. Por isso vai libertar, sabe-se agora ao certo, 30 mil metros quadrados, sem contar por exemplo com o espaço da Culturgest que pertence à Fundação da Caixa.
O edifício foi vendido ao Fundo de Pensões da Caixa e a renda que o banco público paga garante uma determinada rentabilidade para o fundo que gere as pensões.
Paulo Macedo disse ainda: "Há um valor de renda que é conhecido e um valor de área e terá de haver uma transação entre partes relacionadas". O valor a pagar pelo Governo ou outro qualquer inquilino será, acrescentou Paulo Macedo, "o valor de mercado e a Caixa será ressarcida pelo valor da renda e custos de utilização do espaço ocupado".
O Expresso noticiou que a Caixa paga uma renda superior a um milhão de euros mensalmente.
O presidente da comissão executiva da Caixa recordou ainda o que já havia dito: "Não faz sentido a Caixa estar com 90 mil metros quadrados se não os ocupa". Havendo a libertação de espaço e querendo o Governo ocupá-lo, seguem-se as conversações. E os custos da Caixa serão reduzidos.