A escolha do presidente do Banco de Fomento é “uma questão vital” e o governo está a discutir a libertação de restrições impostas à sua contratação, afirmou o ministro da Economia, António Costa Silva, esta quinta-feira, na audição no Parlamento no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento de Estado para 2022.
“Temos de ter uma pessoa com perfil adequado e que tenha visão estratégica. Espero anunciar em breve essa medida e penso que assim ultrapassaremos um obstáculo”, disse o ministro, admitindo que o enquadramento financeiro "não é o melhor" antes de recordar o caso da CGD: “assim que se libertou das restrições usuais na contratação pública, tivemos um excelente CEO, que está a fazer um excelente trabalho”.
“O que desejo e vou lutar é para isso acontecer no Banco de Fomento”, sublinhou, sem hesitar em reconhecer "uma derrapagem em termos de prazo", no Banco de Fomento.
"Tenho uma preocupação muito grande com o banco", disse ainda o ministro da Economia antes de adiantar que que os contratos de financiamento e empréstimos para capitalização do Banco de Fomento já foram assinados.
Na resposta a uma questão de um deputado sobre a divulgação das contas do Banco de Fomento relativas a 2020, e anteriormente prometidas para junho de 2021, o ministro assegurou que estão fechadas. Falta, agora, realizar, "em breve", uma Assembleia Geral, para aprovar as contas e, depois, divulgá-las.