Numa altura em que se prepara para receber novos inquilinos vindos do Governo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá de realizar mais obras no seu edifício-sede. Os espaços têm de ser adaptados aos novos serviços que por ali estarão. Já houve pelo menos um encontro a nível de segurança, para perceber, por exemplo, como será feita a separação no acesso entre os trabalhadores do banco e os funcionários governamentais. Dúvidas há muitas, desde que renda será paga até o destino de cada entidade. A Caixa paga mais de €1 milhão ao Fundo de Pensões do seu pessoal de renda anual, que é o efetivo dono.
Neste momento, há pisos do edifício, localizado na Avenida João XXI, junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, que estão mais vazios. Há muito que tem havido uma arrumação, empurrando para os andares superiores os trabalhadores da CGD. A pandemia obrigou a uma redistribuição, mas parte do espaço que tem estado vazio no edifício de 15 pisos (nove acima do solo, seis subterrâneos) tem vindo a ser conquistado à custa de cortes de pessoal, com os programas de pré-reformas e de rescisões amigáveis que a CGD tem empreendido. O emagrecimento do quadro de pessoal deverá continuar a acontecer, sendo que a parcela do edifício que tem de ficar vazia para receber o Governo vai crescer ao longo do tempo, com a transferência de vários ministérios com o passar dos anos.