Depois do pico de 2018, o sector do Alojamento Local (AL) ainda não conseguiu digerir a quebra de dormidas e de faturação provocada pela pandemia e a oferta ativa está agora em metade do que era no pré-covid, revela um estudo da base de dados da Confidencial Imobiliário. Entre o final de 2019 e o último trimestre do ano passado, Lisboa e Porto perderam mais de 5 mil alojamentos de tipologia T0 e T1, um corte de cerca de 50% na oferta deste segmento, que representa metade do mercado na capital e dois terços na Invicta. “Em Lisboa a quebra acentuou-se entre setembro de 2020 e março de 2021, com perdas trimestrais da ordem dos 900 fogos”, explica Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário. A mesma tendência foi observada no Porto, com a perda no terceiro trimestre de 2020 de cerca de 1000 fogos, e perto de metade nos dois trimestres seguintes. No entanto, a partir de março de 2021 assiste-se a um tímida recuperação (ver gráfico).
Dados que vão ao encontro dos apurados pela ALEP (Associação do Alojamento Local em Portugal), numa altura em que a oposição na Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a suspensão de novos registos de AL por seis meses em 14 das 24 freguesias da capital (ver texto em baixo).