Ao fim de quase sete anos abaixo de zero — desde abril de 2015 no caso da Euribor a três meses —, os juros negativos têm os dias contados. Com a economia a recuperar e a inflação a bater máximos, pressionando o Banco Central Europeu (BCE) a apertar a política monetária, os mercados financeiros esperam valores positivos já no final deste ano. Como resultado, a prestação média mensal do crédito à habitação pode subir €18 até dezembro e €38 até final de 2023. Em termos agregados, são mais €26,6 milhões por mês no final de 2022 — mais €319,2 milhões por ano — e €56,2 milhões no final de 2023 — mais €674,4 milhões por ano. Em dois anos, o agravamento de encargos para as famílias é de €993,6 milhões.
No final de 2021, os contratos de futuros sobre a Euribor a três meses antecipavam que a taxa chegaria a dezembro de 2022 nos -0,315%. No início desta semana, o valor era já positivo, nos 0,11%. Comparando com a média de janeiro desta taxa, que ficou nos -0,56%, a subida dos juros até ao final do ano chegará aos 0,67 pontos percentuais (p.p.). E não vai ficar por aqui. Os contratos de futuros sinalizam que a Euribor a três meses vai chegar aos 0,855% no final de 2023. São mais 1,415 p.p. face a janeiro.
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