Economia

EDP fecha 2021 com lucro de 657 milhões

A elétrica portuguesa apresentou esta quinta-feira os seus resultados anuais. Numa base recorrente, sem efeitos extraordinários, o lucro do grupo foi de 826 milhões de euros

Foto: EDP

A EDP terminou 2021 com um resultado líquido de 657 milhões de euros, menos 18% do que os 801 milhões de euros do ano anterior, informou a elétrica em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A margem bruta do grupo recuou 5%, para 4,83 mil milhões de euros, e, com os custos operacionais a subir 7%, para 1,22 mil milhões de euros, a EDP acabou por ver o seu EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) encolher 6%, para 3,72 mil milhões de euros.

A melhoria de 24% no resultado financeiro acabou por não evitar uma queda no resultado líquido, que, segundo a EDP, “foi penalizado por efeitos não recorrentes de 169 milhões de euros em 2021, incluindo imparidades associadas ao portefólio de centrais térmicas no mercado Ibérico”.

“Excluindo estes impactos, o resultado líquido recorrente cresceu 6% para 826 milhões de euros, suportado pelo desempenho positivo do negócio global de renováveis, a integração da Viesgo em Espanha e crescimento das operações de redes de eletricidade no Brasil. Por outro lado, o desempenho da EDP em 2021 foi penalizado pela subida dos preços de energia nos mercados grossistas internacionais, e recursos hídricos abaixo da média na Península Ibérica”, aponta a EDP no seu comunicado de resultados.

Da mesma forma, numa base recorrente (sem efeitos extraordinários), o EBITDA da EDP subiu 7%, para 3,73 mil milhões de euros.

Dívida cai para mínimo de 14 anos

O grupo encerrou 2021 com uma dívida líquida de 11,56 mil milhões de euros, menos 6% do que no ano anterior. É o montante mais baixo dos últimos 14 anos, de acordo com a EDP.

Para esta redução contribuiu o aumento de capital de 1,5 mil milhões de euros realizado na EDP Renováveis.

A administração da EDP propôs, em face destes resultados, uma manutenção dos dividendos, remunerando os acionistas em 19 cêntimos por ação.