De acordo com a instituição liderada pelo ex-ministro Mário Centeno, “no final de 2021, a dívida pública, na ótica de Maastricht, totalizava 269,6 mil milhões de euros, menos 0,9 mil milhões de euros do que no final de 2020”.

A redução do valor da dívida “refletiu amortizações de títulos de dívida, no valor de 4,6 mil milhões de euros, que foram parcialmente compensadas pelo aumento de passivos em depósitos (1,4 mil milhões de euros), nomeadamente depósitos de entidades terceiras junto das administrações públicas e certificados de aforro e do Tesouro, e em empréstimos (2,4 mil milhões de euros)”, indica a nota do banco central.

A variação dos empréstimos é explicada, sobretudo, pela ajuda europeia, através do instrumento europeu SURE (em inglês, Support to mitigate Unemployment Risks in an Emergency) com 2,4 mil milhões de euros e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência com 0,4 mil milhões de euros.

No ano passado, “os depósitos das administrações públicas diminuíram 8,3 mil milhões de euros”, e, deduzidos esses depósitos, a dívida pública aumentou 7,4 mil milhões de euros, para 253,9 mil milhões de euros.

Em 2020 o valor da dívida pública subiu para uma percentagem histórica do PIB, 135,2%. Porém, o valor agravou-se no primeiro trimestre de 2021 à boleia do confinamento que se iniciou em janeiro com a respetiva vaga da pandemia – ainda antes da vacinação.

No final do primeiro trimestre o valor da dívida pública em percentagem do PIB estava, então, em 139,1%. Ainda assim, a recuperação económica impulsionada pela vacinação e a ajuda europeia levou a uma redução da dívida, que se situa agora em 127,5% do PIB.

Notícia atualizada às 11h32