São aspetos “de natureza técnica”, começa por apontar a Deloitte, sobre a coima de 100 mil euros que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tornou pública esta quarta-feira, por infrações associadas a factos ocorridos em 2013 e 2014. Em resposta a um pedido de comentário do Expresso, a auditora diz reger-se “pelos mais elevados padrões de exigência”.
“Os aspetos identificados pela CMVM são de natureza técnica e dizem respeito, essencialmente, a procedimentos relacionados com a documentação do trabalho realizado, não colocando em causa o nosso relatório de auditoria”, refere a Deloitte.
A empresa, que levou a mais pesada das 13 sanções anunciadas esta quarta-feira pela CMVM, afirma que “realizou o seu trabalho com diligência, no respeito pelas normas de auditoria aplicáveis e na certeza de ter adotado, em cada circunstância, o seu melhor julgamento profissional atendendo à informação disponível à data”.
“A Deloitte rege-se pelos mais elevados padrões de exigência e profissionalismo, e mantém o seu compromisso na entrega de serviços de auditoria de qualidade que promovam a confiança na profissão e no relato financeiro das entidades”, acrescenta a empresa, que impugnou judicialmente a decisão da CMVM.
Em causa está a auditoria às contas de 2013 da antiga Portugal Telecom (PT).