A multinacional Lundin Mining, proprietária da Somincor, estima um aumento de "mais de 65%" da produção de zinco nas minas de Neves-Corvo, situadas no concelho de Castro Verde (Beja), no próximo ano.
No relatório operacional para o período de 2022-2024, a que a agência Lusa teve acesso, a Lundin Mining prevê que, no próximo ano, a produção de zinco seja de 110.000 a 120.000 toneladas.
Face às perspetivas da empresa para 2021, reveladas em dezembro do ano passado, esta estimativa representa um incremento de "mais de 65%" na produção.
Quanto ao cobre extraído desta mina, o relatório operacional antevê que a produção atinja as 33.000 a 38.000 toneladas em 2022, o que, a concretizar-se, traduz um ligeiro aumento, já que, no final do ano passado, a empresa previa atingir as 30 a 35 mil toneladas em 2021.
A subida expressiva da produção de zinco é justificada pela empresa com a entrada em funcionamento, no próximo ano, do Projeto de Expansão do Zinco (ZEP), avaliado em 360 milhões de euros.
Relativamente aos anos de 2023 e 2024, a empresa sediada em Toronto (Canadá), que detém a Somincor -- Sociedade Mineira de Neves-Corvo, S.A., aponta para novos aumentos na produção de concentrados destes dois tipos de minério em Neves-Corvo, face a 2022.
Segundo o relatório operacional, em ambos os anos a produção de cobre deverá ser de 35.000 a 40.000 toneladas e a de zinco de 142.000 a 152.000 toneladas.
Situada no concelho alentejano de Castro Verde, a mina de Neves-Corvo produz, sobretudo, concentrado de cobre e de zinco.
Nestas minas, consideradas as maiores da Europa, trabalham cerca de 2.000 pessoas.
A Lundin Mining é ainda detentora das minas de Candelária (Chile), Chapada (Brasil), Eagle (Estados Unidos) e Zinkgruvan (Suécia).