Houve espera, houve lembranças do passado com ensinamentos para o futuro, houve promessas e houve avisos. Houve inglês com sotaque português e houve português com sotaque francês, para ninguém ficar perdido na tradução. Houve até poesia. Houve muitos convidados, e pelo menos uma ausência marcante. No final, houve até assinaturas. Tudo ali numa antiga igreja. Não houve aliança, nem casamento, mas ficou um entendimento para o que aí vem nos próximos tempos.
Na antiga igreja de São Julião, hoje transformada em Museu do Dinheiro do Banco de Portugal, na Baixa de Lisboa, António Costa e Mário Centeno, poder político e poder financeiro respetivamente, entraram e percorreram o lado direito da antiga igreja para falarem nos 175 anos do Banco de Portugal. Ao fundo, estava já o rosto do poder financeiro e monetário da zona euro, Christine Lagarde. Daqueles três intervenientes saíram ideias-chaves para o futuro. Não foram escritas, como as assinaturas dos dois convidados deixadas no livro de honra do museu, mas as palavras ecoaram e têm calendário.