Economia

ISEG revê em alta crescimento do PIB este ano, podendo chegar a 5%

A anterior projeção do ISEG previa um crescimento máximo de 4,5% do PIB este ano. Previsão oficial do Governo é de 4%, mas o ministro das Finanças já tinha admitido que o crescimento poderia ser superior

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

A manter-se a tendência atual da economia portuguesa, o PIB (Produto Interno Bruto) poderá crescer, em termos homólogos, até 5% este ano, de acordo com estimativas do ISEG divulgadas esta sexta-feira. A anterior projeção previa um crescimento máximo de 4,5%.

"Mantendo-se a tendência da informação atualmente disponível, e atendendo à base homóloga, espera-se que no terceiro trimestre de 2021 o PIB possa vir a crescer entre 3,5% e 4% em relação ao trimestre homólogo e entre 1,7% e 2,2% em relação ao trimestre anterior. Para a totalidade do ano, o crescimento do PIB é revisto em alta para valores no intervalo entre 4% a 5%", indica a universidade.

As previsões têm em conta os últimos dados disponíveis do Instituto Nacional de Estatística, que indicam que no segundo trimestre (período que correspondeu ao início do desconfinamento deste ano e que compara com o trimestre mais afetado pela crise no ano passado) o PIB português cresceu 15,5% em termos homólogos e 4,9% face aos primeiros três meses do ano.

No entanto, além destes dados, o contributo do terceiro trimestre será crucial para a evolução da economia, uma vez que deverá ser um trimestre "caracterizado por progressiva normalização da atividade", ou seja, mais moderado, após o grande crescimento entre abril e junho.

A última previsão do ISEG apontava para um crescimento máximo de 4,5%. Qualquer uma das duas previsões do ISEG (a anterior e a atual) está acima da previsão oficial do Governo de 4%, embora o ministro da Finanças, João Leão, já tenha admitido ter "a expectativa, se a pandemia continuar controlada e evoluir de forma positiva com a campanha de vacinação, que o crescimento possa ser bastante superior".

No entanto, uma nova previsão oficial só deverá chegar na altura da entrega do Orçamento do Estado.