A TAP já está a trabalhar num novo pedido de auxílio por compensação e danos provocados pela covid-19, que obrigou a companhia a travar a operação. E já está em conversações com a Comissão Europeia para o obter, avançou esta sexta-feira a administração da transportadora na conferência na apresentação aos analistas dos resultados do primeiro semestre de 2021. Em que montante não foi possível apurar.
São ajudas referentes à segunda metade de 2020 e ao primeiro semestre de 2021, e que se somam aos 462 milhões de euros já recebidos (e transformados em capital) relativos ao período entre março e junho de 2020. Este novo pedido denota a necessidade de liquidez e de tesouraria da companhia.
“Estamos cuidadosamente a gerir a liquidez, estamos também a falar com autoridades portuguesas e a Comissão Europeia sobre as compensações devido à covid-19″, revelou João Gameiro, administrador financeiro da TAP, na conferência com os analistas, citado pelo ECO, detalhando que se trata de "uma potencial compensação para a primeira metade de 2021".
Em comunicado, a TAP tinha revelado que terminou o segundo trimestre com uma posição de caixa e equivalentes de 542,8 milhões de euros. Montante que "beneficiou do aumento de capital realizado em 24 maio de 2021 no contexto do auxílio de Estado, aprovado pela Comissão Europeia a título de compensação de danos COVID-19 (...) no valor de 462 milhões de euros", sublinhou a companhia.
A TAP teve um prejuízo de 493,1 milhões no primeiro semestre deste ano. Embora as contas continuem no vermelho houve uma melhoria e a TAP SA, onde está a atividade operacional, reduziu os prejuízos em 88 milhões de euros face aos resultados negativos de 582 milhões de euros registados no período homólogo de 2020.