Economia

Santander avança com rescisões unilaterais. 350 trabalhadores não aceitaram propostas para sair

Segundo uma nota interna enviada aos colaboradores do Santander pela comissão executiva liderada por Pedro Castro Almeida, será iniciado um processo de rescisões unilaterais depois de a adesão dos funcionários às propostas de saída ter ficado aquém do objetivo de corte de postos de trabalho

Numa nota interna enviada esta sexta-feira pela comissão executiva do Santander aos trabalhadores, e depois de feito o balanço sobre o número de trabalhadores que não aceitaram sair do banco - 350 - o Santander vai avançar no início de setembro com rescisões unilaterais.

O número total de saídas ascendia a 685, mas havia sido reduzido para 600.

"O processo unilateral e formal que se seguirá incidirá apenas sobre os colaboradores abrangidos no Plano de Reestruturação que entenderam não chegar a acordo com o banco, e será iniciado nos primeiros dias de setembro", lê-se na nota interna.

Mais, o banco liderado por Pedro Castro Almeida informa que "de acordo com o apuramento feito até esta data, existem cerca de 350 colaboradores (de entre o número de 685 colaboradores inicialmente previstos incluir no Plano de Reestruturação) que não aceitaram a proposta formulada pelo banco".

Daí que tenha já sido solicitado, esta sexta-feira "nos termos legais, o parecer à Comissão Nacional de Trabalhadores que antecede a aplicação de medidas unilaterais de diminuição do número de trabalhadores do banco", segundo a mesma nota.

O balanço feito esta sexta-feira surge depois de esta quinta-feira, dia 19 de agosto, ter terminado "o prazo previsto no Plano de Reestruturação do banco para a apresentação de respostas por parte dos colaboradores abrangidos", como se lê na nota.

A comissão executiva recorda na nota enviada aos trabalhadores que "tal como referido no comunicado de 29 de junho, a cada um dos colaboradores abrangidos, determinados de acordo com critérios transparentes e objetivos, o banco apresentou as melhores condições do mercado, propondo reformas antecipadas aos colaboradores maiores de 55 anos de idade, e incluindo no valor dos acordos de revogação, quanto aos demais colaboradores, uma compensação contendo uma parcela correspondente ao montante ilíquido estimado de subsídio de desemprego".

Segundo noticiou esta sexta-feira o Expresso, os trabalhadores podem avançar para uma greve, com o apoio dos sindicatos, como indicou João Pascoal, da comissão de trabalhadores.