Economia

“Enorme frustração.” A primeira reação dos bares e discotecas às novas etapas de desconfinamento

"As expetativas já não eram grandes, mas isto passa o pior dos cenários imagináveis", diz Miguel Camões, da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto

Em Portugal, as discotecas continuam encerradas
Ana Baião

Ouvir o primeiro-ministro, António Costa, anunciar que a abertura dos bares e discotecas só vai ser possível em outubro, na terceira etapa do plano de desconfinamento aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, "foi a pior das surpresas" e "uma enorme frustração", diz ao Expresso Miguel Camões, presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto.

"As expetativas já não eram grandes, mas isto passa o pior dos cenários imagináveis. A desilusão é total", comenta Miguel Camões, recordando que o sector está de portas fechadas, sem trabalhar, desde março do ano passado.

O que esperavam? "A possibilidade de os bares mais tradicionais, com lugares sentados ou com esplanadas, poderem reabrir já em agosto, com regras similares às da restauração e, depois, um alívio gradual das regras. Mas nunca pensamos que continuaríamos impedidos de trabalhar até outubro", responde.

Miguel Camões considera que a situação criada "discrimina todo o sector", e mostra "grande preocupação com as consequências do fim dos apoios".

"É que as moratórias das rendas acabaram a 30 de junho, temos em cima de nós o bolo de dívidas que fomos acumulando ao longo destes meses todos e o programa Apoiar-Pt ficou suspenso com a reabertura da restauração", conclui