Economia

“E como é com os rácios?”, questionam os centros comerciais

"Falta esclarecer uma questão importante", diz a APCC sublinhando que o rácio numa loja "é muito mais apertado do que num autocarro"

JOSÉ FERNANDES

"E como é com os rácios? Falta esclarecer uma questão importante para o bom funcionamento das lojas e espaços comerciais", sublinha Rodrigo Moita de Deus, diretor-geral da APCC - Associação Portuguesa de Centros Comerciais, depois de ouvir António Costa apresentar as decisões do Conselho de Ministros sobre as próximas fases do desconfinamento, definidas em duas etapas, para agosto, setembro e outubro.

Comentando a incerteza sobre o que vai ser a decisão do Governo relativamente ao limite de 5 pessoas por 100 metros quadrados nas lojas, Rodrigo Moita de Deus opta pela ironia: "Qual é sentido de uma loja ter um rácio muito mais limitado do que um autocarro ou uma carruagem de metro?"

Resta, agora, esperar, pela publicação do "Diário da República" onde deverão ficar definidos todos os pormenores sobre o quadro que entra em vigor a 1 de agosto para saber o que se vai passar com os rácios nas lojas, acrescenta, apesar de saber que a única indicação dada de viva voz pelo primeiro-ministro, António Costa, sobre esta matéria apontava para o fim das limitações no que respeita à lotaçao de espaços apenas em outubro.

Quanto ao fim das restrições impostas aos horários dos estabelecimentos comerciais, comenta que "só peca por tardia", até porque "já estava mais do que demonstrado que os estabelecimentos comerciais não são fonte de contágio".