O Crédito Agrícola anunciou que José António dos Santos, apesar da sua condição de arguido na investigação Cartão Vermelho, continua a ser presidente da administração da Caixa da Lourinhã, mas o Banco de Portugal não dá tantas certezas.

“Toda a informação está a ser devidamente ponderada pelo Banco de Portugal no exercício das suas competências”, assinala o supervisor liderado por Mário Centeno em resposta a questões colocadas pelo Expresso esta terça-feira, 13 de julho, nomeadamente sobre se estava a haver uma reavaliação da idoneidade do banqueiro e se a sua continuação no cargo, tendo em conta a constituição de arguido, deveria ser travada. Mais o Banco de Portugal não disse.

A posição do supervisor é dada depois de a Caixa Central do Crédito Agrícola ter referido que José António dos Santos, com 80 anos, permanecia na presidência não executiva do Crédito Agrícola da Lourinhã, mesmo sendo arguido, e lembrando que “a sua reeleição e nomeação”, há um ano, “mereceram a apreciação do Banco de Portugal ao abrigo do Fit & Proper para esse efeito”.