A Polícia Judiciária está a apurar em que circunstâncias os maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) causaram um prejuízo que ronda os 1,2 mil milhões de euros. Em causa estão, segundo o “Jornal de Notícias”, os eventuais favorecimentos na concessão de empréstimos, sem garantias válidas, e posterior dissipação de bens destinada a evitar o pagamento de dívidas. A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público coloca como suspeitos bancários e empresários, entre eles Joe Berardo.
O inquérito foi aberto em 2016 e visava os 25 maiores devedores. Agora, a Unidade de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ - responsável pela investigação - alargou a investigação a negócios ruinosos para a CGD. O objetivo é apurar a existência de crimes.
A investigação vai analisar suspeitas de crime de burla, fraude e branqueamento de capitais imputáveis às empresas gestoras que beneficiaram dos empréstimos. Em semelhança do que aconteceu com Joe Berardo, outros suspeita-se que outros empresários podem ter montado esquemas de circulação de património para evitar penhoras de credores.