A Greenvolt, empresa de energias renováveis da Altri, pretende até 2025 acumular um crescimento médio anual de 40% tanto no seu EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) como no seu resultado líquido, de acordo com a apresentação da empresa no seu Capital Markets Day, esta terça-feira. Em 2020, o EBITDA da Greenvolt ascendeu a 33 milhões de euros.
É a primeira apresentação a investidores da empresa agora liderada por João Manso Neto (ex-administrador da EDP Renováveis), que ainda está a estudar a possível dispersão em bolsa de parte do seu capital e que nos últimos meses anunciou várias aquisições, quer na energia eólica e solar, quer na biomassa.
Na apresentação a Greenvolt revela um novo mercado, a Roménia, onde tem projetos com 170 megawatts (MW) em fase avançada, sendo 41% de energia solar e 59% de energia eólica.
Além desta geografia, a empresa da Altri revela que a V-Ridium, empresa polaca que está a adquirir (o processo está em fase de negociações exclusivas), tem outros dois mercados com projetos em fase embrionária: Itália (cerca de 550 MW de capacidade eólica e 660 MW de projetos solares) e França (420 MW eólicos).
Estes mercados vêm somar-se aos que já haviam sido divulgados pela Greenvolt, designadamente Polónia e Grécia (através da V-Ridium), Portugal (onde a Greenvolt tem operacionais cinco centrais a biomassa, mas também quer crescer na energia solar) e Inglatarra (onde comprou uma central a biomassa).
A prioridade da empresa liderada por João Manso Neto é operar no desenvolvimento de projetos de energias renováveis na sua fase inicial, mais do que estar presente na respetiva construção e operação. A Greenvolt admite acordar a venda de grande parte dos seus ativos ainda na fase de desenvolvimento, para reinvestir esse encaixe em crescimento.
Até 2025 a Greenvolt tem um total de 3.616 MW para desenvolver, e pretende manter cerca de 1.100 MW no balanço, alienando os restantes.