Nunca as criptomoedas foram tão procuradas e, consequentemente, tão valiosas. A procura fez disparar o peso do dinheiro digital. Isto acontece na véspera do lançamento da Coinbase, a maior bolsa de criptomoedas nos Estados Unidos.
O efeito direto traduziu-se num aumento de 5% da valorização da Bitcoin, que atinge assim o valor máximo registado, sendo transacionada durante esta terça-feira por 52.800 euros (63 mil dólares).
A Bitcoin tornou-se ainda mais apetecível depois de o empresário e multimilionário Elon Musk ter anunciado que passaria a aceitar a Bitcoin como forma de pagamento na compra de automóveis elétricos de Tesla.
O preço a que a Bitcoin é negociada disparou 450% nos últimos seis meses e mais do que duplicou o seu valor desde o início de 2021, escreve o The Guardian. Há um ano, em abril do ano passado, a Bitcoin era vendida por 5.865 euros.
Embora seja a criptomoeda mais popular e que mais dinheiro real faz mover, a Bitcoin é apenas uma de muitas neste mercado em crescimento. E não foi a única que viu a sua valorização subir esta terça-feira.
A rival, mas bem menos procurada, Ethereum também atingiu o pico máximo e está a ser transacionada por 1.847 euros.
No entanto, as criptomoedas continuam a gerar ceticismo por parte das entidades reguladoras, entre elas o Banco de Inglaterra, devido à volatilidade e vulnerabilidade contra ataques informáticos.
Em Portugal, as criptomoedas têm estado no centro da polémica, na sequência de alegadas burlas efetuadas por influenciadores digitais. O caso mais conhecido é o do youtuber Windoh (Diogo Figueiras), com quase dois milhões de seguidores, que vendeu cursos de criptomoedas no valor de 400 euros. Alegadamente, os conteúdos eram retirados da Wikipédia e continham erros ortográficos.
No total, o jovem conseguiu 22 inscritos (seis deles de forma gratuita) e encaixou um total de 6.400 euros, sem ter passado qualquer fatura.